Estresse escolar
O estresse escolar tem sido uma conceituação de difícil concordância e, portanto, de descrição complexa. As principais investigações realizadas nesta área provêm da psicologia educacional cujo interesse reside em descrever as competências, estratégias e características evolutivas que facilitam o enfrentamento de situações estressantes em crianças e adolescentes, permitindo o desdobramento de respostas internas e externas adaptativas e que não predispõe a patologias de desenvolvimento posteriores nem interfere no desempenho acadêmico.
O termo estresse escolar não foi definido pela literatura clínica. No entanto, crianças e adolescentes na escola se deparam com situações de alta demanda e exigem o emprego de todas as suas habilidades de enfrentamento para se adaptarem aos estressores internos e externos, de acordo com o estágio evolutivo alcançado. Sintomas associados ao estresse acompanham quadros adaptativos, ansiosos, comportamentais e emocionais que afetam o equilíbrio do estado mental, afetivo, cognitivo e social dos alunos.
A maioria dos estressores ou situações que causam estresse ocorrem no espaço cotidiano em que as crianças e adolescentes se desenvolvem, de forma que sem dúvida a escola constitui um local de desenvolvimento cotidiano que pode afetar a estabilidade geral da escola. Para avaliar o significado individual dos estressores, é importante considerar o conteúdo das situações geradoras de estresse e a intensidade ou significado subjetivo que cada indivíduo atribui à experiência. Segundo Lazarus e Folkman9, para definir o estresse psicossocial, é importante considerar a “relação particular do indivíduo com o meio ambiente, que é avaliada por ele como ameaçadora ou transbordante de seus recursos e põe em risco seu bem-estar”. Desse ponto de vista, os recursos psicológicos de cada indivíduo desempenham um papel preponderante ao avaliar uma determinada situação ambiental como geradora ou não de estresse.
O estresse escolar pode ser entendido como a resposta do organismo aos estressores que ocorrem no espaço educacional e que afetam diretamente o desempenho do aluno10. Se um aluno avalia que os requisitos ou demandas colocadas sobre ele em uma determinada situação escolar excedem suas competências, ele se sente estressado. Alguns fatores que devem ser considerados precursores do estresse escolar são excesso de responsabilidades, alta carga de trabalho ou tarefas dentro e fora do estabelecimento educacional, avaliações de professores, competitividade, medo de falhar ou de não atingir metas auto-impostas ou estipuladas de fora, pressão dos pais, colegas aceitação do grupo, rivalidade entre pares, mudanças nos hábitos alimentares e horários de sono e fadiga cognitiva.
SINTOMATOLOGIA PRESENTE EM PESSOAS SOB ESTRESSE
• SINTOMAS FÍSICOS INVOLUNTÁRIOS
Taquicardia
Aumento da pressão arterial
Aumento da atividade respiratória
Hiper-suor
Dilatação pupilar
Tremores
Estado de excitação geral
Insônia-Hipersonia
Boca seca
Dores de cabeça
• SINTOMAS PSICOLÓGICOS
Inquietação
Agitação
Irritabilidade
Medo difuso
Vigilância diminuída
Perturbação do curso de pensamento
Diminuição do desempenho intelectual
Desorientação temporoespacial
Atenção dispersa
• SINTOMAS DE COMPORTAMENTO
Incapacidade de relaxar
Perplexidade
Situação de alerta
Tensão muscular
Caminhadas sem rumo
Bloqueios frequentes
Respostas desproporcionais a estímulos externos
O estresse escolar pode ser entendido como a resposta do organismo aos estressores que ocorrem no espaço educacional e que afetam diretamente o desempenho do aluno10. Se um aluno avalia que os requisitos ou demandas colocadas sobre ele em uma determinada situação escolar excedem suas competências, ele se sente estressado. Alguns fatores que devem ser considerados precursores do estresse escolar são excesso de responsabilidades, alta carga de trabalho ou tarefas dentro e fora do estabelecimento educacional, avaliações de professores, competitividade, medo de falhar ou de não atingir metas auto-impostas ou estipuladas de fora, pressão dos pais, colegas aceitação do grupo, rivalidade entre pares, mudanças nos hábitos alimentares e horários de sono e fadiga cognitiva.
A Organização Mundial de Saúde, como parte do programa de saúde mental escolar, levanta a necessidade de promover o desenvolvimento integral saudável dos alunos, evitando assim o aparecimento precoce de patologias do desenvolvimento. Apesar da falta de abordagem clínica do estresse escolar, entre os fatores de proteção destaca-se a necessidade de desenvolver a capacidade de enfrentamento do estresse e de manejo de situações estressantes.
O guia clínico prioriza a prevenção e o tratamento precoce dos sintomas iniciais em escolares e fornece algumas indicações para intervenção em patologias associadas ao estresse.
• Exercícios de respiração
• Relaxamento muscular gradual
• Técnicas de resolução de problemas
• Aumentar pontos fortes e habilidades
• Identificar pais ou familiares que fornecem apoio emocional
• Retome hábitos e horários adaptativos
• Retome as atividades recreativas gratificantes
Fonte:
ScienceDirect